quinta-feira, 24 de abril de 2008

Blog do projeto

Fiz o meu blog, ele já tem dois posts e tals. O link é esse.

Dêem uma olhada, comentem.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Dica: Blog novo

Essa aí foi dica do Idéia Forte, um dos blogs que estou analisando para o projeto. Revista revistas é um blog criado por dois designers (Paulo Stanis, editor de arte da revista Foco Economia e Negócios e Helena, editora de arte da revista Fia) que se propõe a discutir as capas das revistas. Uma idéia bem original e bastante pertinente para quem estuda jornalismo e que prova que Design e a nossa profissão anda muito mais junto do que a gente imagina.

pS.: Por falar em novos blogs, como andam os nossos blogs para o projeto?!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Tudo a ver com cultura urbana


Para quem se interessar, hoje, no Oi Cabeça acontecerá um bate-papo interativo com Cássia Macieira e Juliana Pontes, professoras do curso de Design da Fumec e autoras do livro Na rua: pós-grafite, moda e vestígios?

A conversa acontece no multiespaço Oi Futuro, a partir das 19h da noite. A entrada e gratuita e vai rolar sorteio do livro. Tá valendo a pena, hein?!

domingo, 6 de abril de 2008

Blogs de "making of"

No início, eram os blogs no formato de diários pessoais. Depois, os modelos se expandiram e vieram os blogs focados em nichos específicos, os blogs corporativos, etc. E é neste "etc" que se inclui um interessante modelo de blog: o de making of.

Trata-se de um modelo de blog que é temporário e que visa relatar os bastidores de produção de algo, como, por exemplo, a criação da nova versão de um site ou a produção de um longa-metragem.

Nesta categoria, um ótimo e recente exemplo é o blog de Blindness, que relata os estágios de produção de Cegueira, novo filme do cineasta brasileiro Fernando Meirelles, adaptação do livro Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago. No blog em questão, atualizado pelo próprio diretor, estão relatos pessoais sobre as etapas de desenvolvimento do filme, desde a descrição dos acontecimentos durante as filmagens aos receios de Meirelles em relação a certos aspectos do longa.

É uma forma de tornar público as etapas de um longo processo, permitir (ou não) que a resposta do público interfira no resultado final e, acima de tudo, registrar um período importante para aqueles que estão realizando o trabalho em questão.

Além de aproximar o leitor de sua obra, um blog como o de Blindness permite que novas leituras sejam feitas ao se analisar o produto final, uma vez que o leitor (e futuro espectador, no caso) tem a possibilidade de acompanhar a dinâmica de produção, as alterações no roteiro, enfim, sentir (ao menos um pouco) o clima dos sets.
"A Julianne Moore ficou arrasada ao saber que teria que filmar a cena em que ela vem pelo corredor aos prantos depois de presenciar o estupro de 12 mulheres e matar dois dos estupradores. Difícil acertar o tom sem ter passado por estas cenas antes. Mas não tinha jeito. Era isso ou ficarmos parados, pois como nem o Gael Bernal e nem o Danny Glover haviam chegado. Estávamos sem ter o que filmar, então fomos em frente.
O microfone de lapela da Julianne já estava ligado, pude ouvir pelo head-phone que, lá do outro lado do corredor, sozinha, ela se preparava respirando fortemente. Enquanto isso, preparávamos nosso lado: luz, câmera, figuração. Então ela começou a chorar e depois a chorar convulsivamente, até que um assistente entrou correndo onde estávamos e anunciou: “A Julie está pronta e pede para rodarmos já”. Nós não estávamos prontos mas, nesta hora não interessa se a mesa não está posta ou se o vinho não foi aberto. Tem que rodar. E rodamos.
Na primeira tomada, ela veio pelo corredor desesperada. Berrou seu texto sem pensar, deixando vir a emoção que viesse. Pegou a nós todos desprevenidos, ao Mark Rufallo principalmente. Sem querer, ele entrou na onda e respondeu num tom lá em cima também. A cena calou todo mundo no set de tão forte. Cortamos. Apesar de estar com o coração batendo forte, me esforcei para não me deixar ser arrastado pelo tsunami que havia passado, corri para onde estavam os atores e pedi uma outra tomada num tom bem mais baixo. Julie nem me respondeu. Concordou com um gesto de cabeça e um sorriso técnico e voltando para a primeira posição, disse apenas: “Vamos rodar já, por favor”. Emoção é coisa viva, fugaz. Uma hora está lá, sólida, pode até ser enrolada num garfo e mastigada mas, no instante seguinte, pode se evaporar."
Tendo lido os parágrafos acima, publicados por Meirelles no dia 4 de setembro de 2007, referindo-se às filmagens da semana anterior, uma pessoa teria a mesma reação ao assistir a cena em questão que um espectador que não sabe o que aconteceu durante as filmagens? O que deve ser pensado, no caso, é se os blogs de "making of" vão além da função de suprir nossas necessidades voyerísticas e o culto às celebridades e podem alterar a forma através da qual nos relacionamos com um determinado produto cultural.

Ao acompanhar a construção de uma obra, é natural que vejamos o resultado final de forma diferente. Blogs de making of também funcionam neste aspecto. Este mesmo blog no qual escrevo agora é um blog de making of, acompanhando o desenvolvimento de nosso projeto experimental na PUC. Aqueles que o acompanharem ao longo de todo o processo e lerem o projeto final, terão uma visão bastante diferente daqueles que tiverem o primeiro contato diretamente com o material teórico que escrevermos.
"Durante um ensaio, o Gael (García Bernal) andava vendado por um corredor cheio de lixo cenográfico quando pisou num tubinho circular. Abaixou-se, pegou o volume sob seus pés e sem saber do que se tratava, desrosqueou a tampinha e cheirou. Era esmalte. Teve um impulso de passar na unha, mas se conteve. Esta pequena experiência casual modificou a linha de seu personagem e, com isso, o filme todo.
Convidei o Gael para fazer o papel do Rei da Camarata 3 porque imaginei que ser ia mais surpreendente um vilão boa pinta, com cara de garotão inofensivo. Já haviam me dito que ele é um ator que costuma interferir bastante na criação de seus personagens e essa foi mais uma razão para chama-lo. Gosto de ouvir idéias alheias e as uso sempre. Quando a gente coloca fichas no inesperado, ele acontece. Paguei para ver.
...E foi assim que aquele pequeno incidente no corredor funcionou como um gatilho para que o Gael inventasse seu personagem. O tom encontrado trouxe oxigênio para a história e abriu um viés que não estava nem no roteiro e nem na minha cabeça no início das filmagens."
Mark Rufallo à beira do rio Pinheiros, em São PauloBlogs deste tipo também mostram-se como alternativa para que autores tenham um alcance direto junto ao seu potencial público, facilitando eventuais explicações e contextualizando determinados elementos. "Falta cocô? Será que me acovardei e estou fazendo um filme limpinho? Será que a situação que deveria ser insustentável vai perder o peso por causa da minha calhordice asséptica?", escreve Meirelles ao comparar a podridão presente no livro com o incômodo ao tentar transformá-la em imagem.

Outros dos momentos esclarecedores proporcionados pelo blog referem-se à explicação do diretor sobre a reprodução de quadros de pintores famosos (Brueguel, Hieronymus Bosch, Rembrandt, Malevitch, Francis Bacon e, especialmente, Lucien Freud, que, segundo o cineasta, não são referências, "são cópias mesmo") no filme e sobre a alteração das cenas de estupro, tidas como "muito fortes" por parte dos produtores e da platéia dos testes de exibição.
"O test screening começou bem. A imagem e o som estavam excelentes. Havia 540 pessoas na sala e gente para o lado de fora. Até o meio do filme senti que a platéia estava comigo, então veio a primeira cena de estupro, quando umas 16 mulheres foram levantando e saindo. “Será que passamos do ponto?”, me perguntei. Veio então a segunda cena de estupro e mais 42 (!) mulheres deixaram o cinema. “Sim, passamos do ponto!”, respondi para mim mesmo."
Também é interessante ressaltar que todas as publicações do blog têm muitos comentários, a grande maioria passando dos 100. São participações dos leitores comentando cada etapa do filme e dando suas opiniões, respostas a filme ainda em construção mediadas pelo blog.

sábado, 5 de abril de 2008

Proximidade entre blogs e jornais

Aos poucos a "mídia tradicional" (entenda como jornais impressos, rádios e canais de TV) se aproximam dos blogs e passam a utilizar as possibilidades que o formato permite. No Brasil a situação é um pouco mais lenta, mas iniciativas no exterior mostram algumas maneiras de integração entre a "velha mídia" e os blogs.

Do Tiago Dória:

"Na semana passada, foi o site do jornal Público, de Portugal, e agora o La Vanguardia, da Espanha. Ambos estão acrescentando automaticamente no final das matérias links para os blogs que estão comentando as reportagens.

Ou seja, no rodapé dos artigos, além dos comentários dos leitores, agora existem os dos blogueiros, que, no final das contas, também são leitores do jornal.

Quem começou com essa onda de “terceirização de comentários” foi o site da CNN, que utiliza os serviços do indexador de blogs Sphere, que procura pelos melhores posts na rede e linka os mesmos no final das matérias. Já o La Vanguardia e o Público usam o Twingly.

São serviços que crescem dentro do conceito de unir mídia nova e social com o antigo modelo de produção de informação."

E é claro, posso republicar isso tudo aqui porque o blog do Tiago usa uma licença Creative Commons.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Bonecos infláveis em dutos de ar

Tudo a ver com o tema da Juliana.